Memórias
Acordara sem frio. Pela primeira vez em vários meses regressara do sono sentido o calor do quarto. O dia estava igual a sempre. Igual a todos os outros, mas lá fora o vento que se fazia ouvir debaixo dos lençóis, trazia-lhe à memória aquele nascer do dia.
Depois de uma noite de folia, vivida como se fosse a última, deixaram-se levar pela rotina comum e embalados pelos abraços e cantorias, caminharam até ao ponto mais alto. Lá, a vista deslumbrava qualquer um. O reflexo nos olhos deixava adivinhar a verdade Universal. Não importava as vezes que lá tinham ido, cada uma era especial, diferente. Cada uma se fazia acompanhar da magia, que alguns pensavam não ter, condensada num ponto, infinitamente pequeno na Terra, que chegava a atingir tamanhas pressões acabando sempre por explodir. Apesar de tudo, e mesmo antes de chegar ao céu, como num Adeus profundo, brindava a todos os que queriam ver, com luzes e palavras, proferidas outrora por deuses pagãos. Todos sentiam o mesmo. A Irmandade dos Livres corria. Tocava o vento com a cara, dançava sons vindos do fundo e gritava com toda energia que girava em volta. Acima de tudo sorriam, sorriam sempre, nem que fosse unicamente por dentro. Momento só deles. Momento que fortalecia, que lhes sussurava ao ouvido, dia após dia, ano após ano, que o que sentiam viveria para sempre. Umas vezes escondido pelo dia a dia, outras transformado pela saudade, mas resistiria até ao infinito dos tempos, como um sinal marcado na carne imortal. Como um pacto de sangue.
Num culminar das emoções, já cansados pela alegria, sentaram-se unidos e num esforço final, como quem dá a luz o primeiro filho, fizeram brotar do interior das almas cheias de vida, um Sol grande, acolhedor, cujo calor se igualava ao sentido no momento.
Sorriu com as recordações. Levantou-se da cama agora fria. Vestiu uma roupa qualquer e saiu de casa sem olhar para tás.
Depois de uma noite de folia, vivida como se fosse a última, deixaram-se levar pela rotina comum e embalados pelos abraços e cantorias, caminharam até ao ponto mais alto. Lá, a vista deslumbrava qualquer um. O reflexo nos olhos deixava adivinhar a verdade Universal. Não importava as vezes que lá tinham ido, cada uma era especial, diferente. Cada uma se fazia acompanhar da magia, que alguns pensavam não ter, condensada num ponto, infinitamente pequeno na Terra, que chegava a atingir tamanhas pressões acabando sempre por explodir. Apesar de tudo, e mesmo antes de chegar ao céu, como num Adeus profundo, brindava a todos os que queriam ver, com luzes e palavras, proferidas outrora por deuses pagãos. Todos sentiam o mesmo. A Irmandade dos Livres corria. Tocava o vento com a cara, dançava sons vindos do fundo e gritava com toda energia que girava em volta. Acima de tudo sorriam, sorriam sempre, nem que fosse unicamente por dentro. Momento só deles. Momento que fortalecia, que lhes sussurava ao ouvido, dia após dia, ano após ano, que o que sentiam viveria para sempre. Umas vezes escondido pelo dia a dia, outras transformado pela saudade, mas resistiria até ao infinito dos tempos, como um sinal marcado na carne imortal. Como um pacto de sangue.
Num culminar das emoções, já cansados pela alegria, sentaram-se unidos e num esforço final, como quem dá a luz o primeiro filho, fizeram brotar do interior das almas cheias de vida, um Sol grande, acolhedor, cujo calor se igualava ao sentido no momento.
Sorriu com as recordações. Levantou-se da cama agora fria. Vestiu uma roupa qualquer e saiu de casa sem olhar para tás.
Amélia
1 Comments:
I just felt like comment, sorry for being nosy but it´s a need. This post is very filmy, and what i mean by that is it takes me to a cinema chair, and i can see a famous actress lying in bed and the flashback coming with the sound of a xylophone. It´s beautiful. Reminds me of a person called Nikki i met the other day.
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